Você sabia que o contrato de Swap pode reduzir os riscos de uma operação realizada no mercado financeiro? Esse tipo de estratégia é ideal para quem busca maior previsibilidade e segurança em investimentos ou transações internacionais.
Neste post, vamos te explicar como funciona uma operação Swap na prática e quais são os principais tipos de negociação.
Para entender tudo sobre o assunto é só seguir a leitura deste conteúdo com a gente!
O que é Swap?
Na tradução para o português, o termo “Swap” significa troca. Na prática, o swap é uma operação de derivativos entre duas partes, conhecida no mercado como um hedge cambial.
Por meio dela, as partes realizam uma troca de indexadores financeiros, que funciona como uma garantia em relação a variação de valores causada pelas oscilações do mercado de câmbio.
O processo é muito utilizado por empresas que fazem negociações e transferências internacionais com maior frequência, como aquelas que trabalham com importação e exportação de produtos.
Principais objetivos do Swap
A estratégia Swap é feita com o intuito de diminuir os riscos da operação tanto para o comprador quanto para o vendedor, por isso é tão comum entre as empresas que fazem negócios com o mercado estrangeiro.
Confira outros objetivos do Swap:
- Trazer mais previsibilidade para as operações
- Garantir mais estabilidade em relação às movimentações do mercado de câmbio
- Proporcionar segurança
- Reduzir prejuízos financeiros
Diferença entre swap tradicional e swap reverso
Existem dois tipos de Swap: o tradicional e o reverso. As duas operações são realizadas pelo Banco Central, mas são opostas.
Vamos entender como cada uma delas funciona.
- Swap tradicional: esse mecanismo é feito com o objetivo de conter uma alta repentina do dólar. Para isso, o BACEN oferece o valor dessa oscilação do câmbio somado a um cupom cambial e em troca, a instituição recebe a diferença da taxa de juros para o período do contrato.
- Swap reverso: no caminho contrário, o swap reverso visa conter uma queda na cotação do dólar. Para isso, o Banco Central paga aos compradores uma taxa de juros. Enquanto isso, os compradores pagam ao BACEN as oscilações do dólar durante o período do contrato.
Como funciona um contrato de Swap?
Os contratos Swap são os documentos que registram essas operações de troca de maneira oficial, determinando todas as especificações da operação, como prazo para pagamento, condições do acordo e preço do ativo negociado.
Ao final do contrato, a variação dos ativos é calculada e cada uma das partes envolvidas deve arcar com o pagamento da posição assumida.
É importante esclarecer que, neste tipo de operação, a variação do dólar é substituída pela variação de alguma taxa, como a Selic, taxa básica de juros do Brasil.
Vamos usar um exemplo de contrato de Swap para entender melhor o processo: a empresa A tem uma dívida em dólares e quer reduzir os riscos trazidos pela desvalorização cambial. Neste caso, ela pode fazer uma operação Swap com a empresa B, que também possui algumas dívidas ativas.
O acordo entre elas será realizado em moeda local, o que traz maior previsibilidade e evita o aumento das taxas de juros.
Tipos de Swap
O contrato de Swap pode ser fechado em diversas situações, mas o mecanismo é dividido em quatro tipos: swap de commodities, de índices, de taxa de juros e cambial.
Saiba como cada um deles funciona a seguir.
Swap de commodities
Esse tipo de Swap é realizado por empresas que atuam com a importação e exportação de matéria prima, como petróleo, milho e ouro, por exemplo.
Nestes casos, o contrato é feito a partir da troca de fluxos associados às variações de cotações das commodities negociadas.
No caso do petróleo, por exemplo, a estratégia é muito adotada por empresas para garantir que o valor da commodity permaneça sem variações.
Swap de índices
O Swap de índices consiste na troca de um retorno relacionado a um determinado índice, que pode ser de preço ou de ações.
No caso dos índices de preço, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) são alguns dos principais exemplos, já no mercado de ações, podemos ressaltar o Ibovespa.
Swap de taxa de juros
A operação swap de taxa de juros consiste na troca de um determinado índice de juros. Aqui, vale ressaltar que existe uma taxa de juros pré-fixada e uma variável.
Ao final do contrato, cada parte deve arcar com o pagamento de uma dessas variações: uma parte pagará uma taxa pré-fixada e a outra uma taxa atualizada na data de encerramento do contrato.
Swap cambial
O Swap cambial é o tipo mais comum dessa operação. Nessa modalidade, o que acontece é uma troca de moedas, conhecida como câmbio financeiro.
Nestes casos, uma parte assume a responsabilidade de pagar pela variação da cotação de uma determinada moeda, enquanto a outra se compromete a pagar uma taxa de juros pré determinada no contrato de Swap.
O processo é ideal para quem faz negociações constantes no mercado cambial, por isso é um dos mecanismos mais conhecidos entre as estratégias de gestão de risco de empresas que trabalham com importação e exportação de mercadorias.
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Conclusão
Como vimos neste conteúdo, um contrato de Swap nada mais é do que um acordo entre duas partes, que se comprometem a fazer a troca de uma posição de risco com data de pagamento futuro e condições pré-determinadas.
Na prática, o processo é utilizado em transações internacionais, situações que apresentam riscos pela oscilação de câmbio ou pelo aumento da taxa de juros.
Com o mecanismo de Swap, as partes conseguem um cenário mais estável ao se proteger das variações do mercado financeiro, já que o valor a ser pago no futuro é pré-estabelecido em contrato.
Cuidar das operações internacionais nem sempre é fácil, pois os processos podem ser bem complexos. Por isso, contar com uma empresa especializada em mercado de câmbio faz toda a diferença.
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