O segundo turno mal terminou e já existem diversas especulações sobre como o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva irá proceder com relação ao cenário econômico do país. Este é o terceiro mandato de Lula e a expectativa se concentra no papel que ele desempenhará em 2023.
Neste cenário, entre tantas questões interessantes, a economia se mostra uma das maiores preocupações tanto dos eleitores, quanto das demais bancadas políticas. Atualmente Guedes ocupa o ministério da economia, mas alguns especialistas acreditam que esse quadro pode mudar. Será?
Neste conteúdo vamos analisar o histórico do presidente eleito com relação às economias dos seus governos anteriores, com expectativas reais para um novo ano. Continue a leitura!
O cenário econômico nos primeiros mandatos (2003-2011)
Em 2003, ano em que Lula assumiu seu primeiro mandato, na época com seus 58 anos, o PIB per capita do país ocupava a 70ª posição em relação a economia global.
Ao longo dos anos que se seguiram, mais precisamente entre os anos de 2003 e 2010, a economia foi capaz de alcançar taxas moderadas de crescimento do produto sem a ocorrência das crises no mercado de câmbio, que historicamente interrompiam o crescimento econômico.
Nesta época a inflação descreveu uma trajetória de queda, sendo alcançada a meta em todos os anos.
O legado do petista
Muitas de suas marcas ainda são lembradas, em especial por seus aliados. Questões como a redução da taxa de desemprego e da miséria se tornaram pilares em seus anos de mandato e também base de apoio em sua mais nova luta pela presidência.
Porém, nem só de flores se fizeram os anos de mandato de Lula. Muitas acusações de irregularidades e corrupção rondam suas gestões. Ao fim do seu período como presidente, Lula entrou em um ciclo de investigações, muitas relacionadas a ações econômicas e vinculadas a instituições como a Petrobras.
Ainda assim, um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que o período de junho de 2003 a julho de 2008 foi a fase de maior expansão para a economia brasileira das últimas três décadas.
Henrique Meirelles: o último ministro da economia de Lula
Henrique Meirelles foi presidente do Banco Central do Brasil nos dois mandatos de Lula e está entre as principais apostas de analistas para a cadeira do Ministério da Economia a partir do próximo ano.
A vasta carreira de Meirelles já é conhecida pelo mercado internacional. Nesse cenário, ele carrega o status de quem conseguiu reduzir a inflação na metade do tempo em que esteve à frente do Bacen. Além disso, Meirelles assume a responsabilidade atribuída de baixar a taxa de juros ao menor patamar da história.
Suas contribuições ao governo Temer também se mostram evidentes, auxiliando na aprovação de diversos projetos de lei com foco na maior liberdade econômica do país.
As expectativas para um 3º governo Lula
As opiniões ainda se mantêm divididas, provavelmente aguardando as nomeações dos cargos ministeriais, principalmente no setor econômico, onde a pressão deixa de ser apenas interna e alcança um patamar globalizado, onde todos os olhos e ouvidos estão voltados para o Brasil.
O desmembramento do Ministério da Economia também se torna um assunto pontual, com previsões de retomada do Planejamento, Fazenda, e um novo Pequeno e Média Empresa.
Além disso, tendo em vista as bandeiras levantadas pelo presidente eleito durante sua candidatura, analistas apontam para uma possível criação do Ministério para Povos Originários, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Mulher, Segurança Pública, Pesca e Cultura.
Logo as alianças partidárias também começarão a se concretizar, com um principal objetivo que é garantir a força de Lula no congresso, o que pode definir o teor das próximas ações do petista.
Conclusão
Enquanto no Brasil muitas manifestações se espalham pelo país, o mercado internacional aguarda ansioso pelas próximas ações do então presidente Jair Bolsonaro, ao passo que Lula já começa a se planejar para os primeiros meses de mandato que se aproximam.
Por aqui, vamos continuar atentos aos passos dados pelos políticos e para as relações internacionais que prometem interferir efetivamente no mercado e suas economias.
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