O ano de 2022 foi um ano muito agitado para a economia brasileira, também dentro do comércio internacional. Com uma previsão constante de recessão global, será que a balança comercial brasileira sentiu o peso das oscilações do dólar, conflitos mundiais e instabilidades internas políticas de 2022?
Neste artigo vamos compreender quais fatores levaram a balança comercial ao cenário atual, quais as expectativas que devemos manter para o ano de 2023 e como você pode se preparar para novas oportunidades com as soluções de financiamento para Comex da Abrão.
Balança Comercial: o que é e qual a sua importância?
A Balança Comercial nada mais é do que a junção entre o volume de importação e exportação de um país, um importante fator econômico que serve como termômetro do comércio internacional, assim como o desenvolvimento industrial e comercial dentro do Brasil.
O saldo da balança é a diferença entre os dois volumes, podendo resultar em superávit, quando as exportações têm maior volume do que as importações; déficit, quando as importações ganham destaque comercial e o equilíbrio comercial, que é quando ambos os valores se mantêm no mesmo nível.
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No Brasil, o grande protagonista do comércio exterior, quando falamos sobre exportação é o agronegócio, ou seja, produtos vindos do campo para o consumidor final. Alimentos como feijão, trigo, soja e milho são os mais comercializados, uma representação de quase 30% do PIB.
O agro é um dos mercado mais seguros para investimentos, abrindo suas oportunidades também para investidores estrangeiros. Muitos foram os fatores que culminaram neste resultado, mas a tecnologia levada ao campo tem um peso forte sobre este desempenho.
Taxa de câmbio
Neste cenário de comércio internacional, a taxa de câmbio tem um impacto muito forte sobre os números apresentados ao longo dos anos. Isso se dá, porque essa é a taxa responsável pela troca de moedas de um país por outro, ou seja, o valor relacionado entre estas duas moedas de diferentes países.
Outro ponto fortemente impactado pela taxa de câmbio é a inflação. A desvalorização da moeda encarece a compra de produtos estrangeiros. Portanto este comércio caí, havendo a necessidade de uma nova injeção de investimento, o que, em consequência, eleva a inflação.
Tal elevação altera o ritmo dos negócios dentro e fora do país, portanto acompanhar esse índice é de extrema importância para se prevenir de quedas bruscas ou picos muito elevados, oportunidades para planejar uma boa estratégia de ação para seus negócios e evitar prejuízos.
Leia mais em: Variação cambial: quais fatores podem definir essa oscilação?
Importação e Exportação em 2022
As importações e exportações têm sido fundamentais para o crescimento econômico de muitos países ao redor do mundo, e isso não é diferente para o Brasil.
Em 2022, o país tem se esforçado para aumentar sua participação no comércio global e fortalecer sua economia através das importações e exportações de bens e serviços. Neste cenário, o governo tem adotado medidas para promover o comércio internacional, como a negociação de acordos comerciais e a redução de barreiras alfandegárias.
Vejamos o cenário para os dois pólos da balança.
Importação
Em 2022, as importações do Brasil tiveram um desempenho misto devido aos efeitos da pandemia do COVID-19. No início do ano, as importações sofreram uma queda devido às restrições de viagens e às medidas de distanciamento social, que afetaram a demanda por bens de consumo e bens de capital.
No entanto, a partir do segundo trimestre, as importações começaram a se recuperar, impulsionadas pelo aumento da atividade econômica e pela recuperação do mercado de trabalho.
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Os principais itens importados pelo Brasil incluíram bens de capital, como maquinário e equipamentos, bem como produtos intermediários, como matérias-primas e componentes para a indústria.
A China continuou a ser o principal fornecedor de importações para o Brasil, seguida pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
No entanto, o déficit comercial brasileiro aumentou devido a uma combinação de fatores, incluindo a desvalorização cambial, aumento da demanda por importações e a queda das exportações, devido à pandemia.
Exportação
Já com relação às exportações brasileiras de 2022, o clima foi de desafio devido aos efeitos da pandemia. Porém, assim como as importações, o ritmo mudou a partir do segundo semestre.
Os principais itens exportados pelo Brasil incluíram produtos agrícolas, como soja, carne bovina e café, bem como minerais, como ouro, ferro e alumínio. Os principais destinos das exportações brasileiras também seguiram o padrão anterior, com China, Estados Unidos e União Europeia na liderança.
No entanto, a crise sanitária do COVID-19 afetou a economia mundial, e as exportações brasileiras receberam também o impacto da queda da demanda global e pela queda dos preços das commodities.
Como foi o fechamento da balança comercial em 2022?
Em 2022, a balança comercial do Brasil apresentou fechamento positivo, com superávit de US$ 25,5 bilhões. Isso foi resultado de aumento nas exportações, principalmente no segundo semestre e com foco em produtos agrícolas e minerais. O setor de manufaturados também teve destaque no aumento das exportações.
O fechamento positivo da balança comercial em 2022 foi uma boa notícia para a economia brasileira, pois aumenta a entrada de divisas e ajuda a reduzir o déficit cambial.
Além disso, o setor agrícola e o de mineração foram os principais responsáveis pelo superávit comercial, o que mostra a importância desses setores para a economia brasileira. As exportações de manufaturados também tiveram um bom desempenho, o que é positivo para a indústria nacional.
Em geral, o fechamento da balança comercial em 2022 foi positivo e mostrou que o Brasil tem potencial para se destacar no cenário internacional como um importante exportador de produtos agrícolas, minerais e manufaturados. Isso pode atrair investimentos e ajudar a fortalecer a economia do país.
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O novo governo e os impostos de importação
O novo governo, que tomou posse em 2023, anunciou medidas para reduzir os impostos de importação em um esforço para estimular as importações e aumentar a concorrência no mercado interno.
A intenção é diminuir os preços dos produtos importados para os consumidores e aumentar a oferta de produtos no mercado, o que pode contribuir para aumentar a competitividade das empresas nacionais.
Entre as medidas anunciadas, está a redução de alíquotas de impostos para produtos considerados estratégicos para o país, como maquinário e equipamentos, componentes eletrônicos, e medicamentos.
Também foi proposto a desoneração de impostos para pequenas e médias empresas importadoras, com o objetivo de estimular a entrada de novos players no mercado e aumentar a concorrência.
Expectativa para o comércio exterior em 2023
O ano de 2023 promete ser positivo para o comércio exterior brasileiro, com previsão de aumento nas exportações e importações devido ao aumento da atividade econômica e à recuperação pós-pandemia.
A China deve continuar sendo o principal parceiro comercial do Brasil, seguida dos Estados Unidos e da União Europeia. As exportações de produtos agrícolas, minerais e manufaturados devem continuar sendo os principais motores do crescimento das exportações.
O governo também tem se empenhado em aumentar o comércio com outros países, com a criação de uma agência de comércio exterior e o aumento da negociação de acordos comerciais. Isso pode aumentar a entrada de divisas e ajudar a fortalecer a economia brasileira.
Além disso, as medidas de redução de impostos de importação, anunciadas pelo novo governo, podem aumentar a competitividade das empresas nacionais e estimular a entrada de novos players no mercado.
Também é esperado um aumento da participação do Brasil em mercados emergentes, como Ásia, África e América Latina, através de acordos de comércio e investimentos diretos. Isso pode ajudar a diversificar as exportações e reduzir a dependência dos mercados tradicionais.
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