Em uma Copa com investimentos altamente históricos, a moeda catarense parece acompanhar o programado crescimento do país. Segundo analistas, a procura pela moeda do Catar subiu quase 17% apenas em agosto e esse aumento promete ser ainda maior conforme o período de Copa do Mundo avança.
Desde julho o termo “catar” está entre as principais buscas de usuários do mundo todo, um ponto relevante para a volatilidade na relação entre real e rial fique em torno de 2%, uma inexpressiva diferença quando relacionamos o fato a grandiosidade da primeira Copa pós pandemia.
Ainda assim, tal volatilidade mantém muitos investidores em ponto de alerta, com recomendações para que a compra do rial catarense seja contida inicialmente e estrategicamente feita com base no acompanhamento das cotações da moeda desde já. “Vale a pena começar a comprar aos poucos”, garantem economistas.
Neste cenário, preparamos este conteúdo exclusivo e completo com as principais informações sobre a sede da Copa do Mundo 2022 e a crescente moeda catarense. Continue a leitura e saiba tudo o que precisa.
Rial catarense: a moeda oficial do Qatar
A moeda local do Catar é conhecida por muitos nomes a depender da localidade, como rial catarense, rial catariano ou rial do Catar. Além disso, cada rial é dividido em 100 dirhams, que seriam os centavos.
Um fato muito interessante atrelado a moeda é o seu vínculo ao dólar americano, com uma cotação fixa desde 2011. Ou seja, na prática, 1 dólar vale 3,64 rial. Porém, a cotação em relação a outras moedas pode variar, como é o caso do real brasileiro que em 2022, por exemplo, chega a R$ 1,45 no câmbio.
Aqui vale destacar novamente o aumento da busca pela moeda catarense, principalmente quando levamos em consideração a balança comercial, com a lei de oferta e demanda impulsionando as cotações do rial neste período de jogos. Portanto, para quem pensa em comprar o rial do Catar, um bom planejamento se faz necessário.
A Copa do Mundo mais cara da história
Neste ano, muitos brasileiros pretendem assistir a Copa do Mundo no Qatar, porém além desta ser uma das viagens mais esperadas pelos torcedores, também é uma das mais caras, mesmo a moeda local estando abaixo do dólar, do euro e até mesmo do real.
Segundo a U.S. Bureau of Labor Statistics, os gastos da Copa de 2022 já chegam a 220 bilhões de dólares, um número muito acima dos últimos sete campeonatos, com gastos 14,6 vezes maiores do que no ano de Copa no Brasil.
A grande infraestrutura projetada e produzida para este evento comporta os custos associados aos estádios novos, espaços públicos e transporte, hotéis de luxo com infraestrutura expandida para receber milhões de torcedores de todo o mundo, além de diversos outros investimentos.
Ainda assim, na balança financeira esses gastos fazem parte de um plano de expansão do Catar para 2030, com a previsão de grandes obras e uma estrutura muito mais luxuosa. Um exemplo é a “Pérola de Doha”, conjunto arquitetônico de ilhas privativas, com uma infraestrutura de pelo menos US$ 15 bilhões.
A economia do Qatar
Atualmente, o Catar é um dos países mais ricos do mundo e uma das nações com menor carga tributária, segundo o Relatório Global de Competitividade. Muito dessa riqueza se dá a uma economia baseada principalmente na exportação de petróleo e gás natural, o que representa cerca de 50% do PIB do país.
Além disso, segundo o Observatório da Complexidade Econômica, a balança comercial do Catar se mostra positiva, com um saldo de US$ 30,7 bilhões, graças ao alto volume de exportações, com números superiores às importações.
Neste contexto, os principais parceiros comerciais do Catar são: China, Coreia do Sul, Japão, Índia, Alemanha, França e Reino Unido.
Como a Copa do Mundo pode influenciar na economia do Catar?
Ao tornar-se sede de um evento global como a Copa do Mundo, altos investimentos são feitos na infraestrutura do país e neste quesito, sabemos que o Catar realmente elevou os padrões de gastos para a Copa.
Mas o fato é que muitos setores da economia nacional colhem os retornos destes investimentos, seja pela aceleração do consumo durante o evento, pela visibilidade proporcionada pela Copa ou até mesmo por investimentos externos feitos também durante tal sazonalidade.
Setores como o turismo, produção de alimentos e bebidas, transporte, hotelaria e tantos outros são diretamente afetados, ganhando um impulsionamento muito positivo para a economia do país. Esse cenário se mostra evidente quando analisamos os torneios anteriores.
Em 2022, o ano da Copa do Japão e da Coreia do Sul, os gastos dos turistas chegaram a US$ 522 milhões, 1,8 vezes maior do que os gastos habituais dos visitantes em outras épocas.
Já em 2018 a Copa da Rússia resultou no retorno de 12,5 bilhões de euros para a economia, representando cerca de 1% do Produto Interno Bruto.
Quanto levar para a Copa do Mundo do Qatar?
Muitos economistas que já estão de olho nos custos da Copa para os brasileiros e na variação cambial para este período, garantem que não será um investimento barato.
Segundo eles, a conta básica para uma viagem de uma pessoa para os jogos da Copa do Mundo no Catar, sem luxo, pode chegar a casa dos US$ 40 mil. Lembrando que esse valor engloba as passagens aéreas, hospedagem, ingressos e demais gastos com a estadia, em um período de 12 a 15 dias em Doha.
Essa conta considera que o padrão de custos no Catar é semelhante ao de Nova York e por isso o turista deve considerar um desembolso maior para os gastos diários.
Neste cenário, os mesmo analistas sugerem que os turistas brasileiros levem o equivalente a US$ 200 por dia, no mínimo, para gastos com transporte, alimentação e demais despesas básicas.
Dinheiro em espécie ou conta internacional: qual a melhor opção?
Antes de mais nada, saiba que muitos comércios locais não aceitam o dólar ou outras moedas estrangeiras, apenas o rial, moeda local. Portanto, o ideal é que se faça o câmbio de um valor para despesas iniciais, ainda aqui no Brasil, de forma a evitar imprevistos. Em contraponto, leve uma segunda parte em dólares para cambiar em terras catarenses conforme a necessidade.
Outra opção muito vantajosa é manter parte do dinheiro em uma conta internacional, com facilidade em câmbio local e transferência eficiente, assim evita-se o trânsito com dinheiro em espécie pelo país.
As remessas internacionais brasileiras podem resolver essa questão, principalmente com instituições que não cobram taxas excessivas e valores pela abertura de conta. Uma mão na roda em viagens para destinos caros, como é o caso do Catar.
Um bom exemplo de agente de câmbio que oferece essas vantagens é a Abrão Filho, uma fintech especializada em estrutura cambial, que elimina das suas operações as tarifas indesejadas.
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Conclusão
A Copa do Mundo é um dos principais eventos mundiais, principalmente dentro do mercado de esportes. Uma organização deste porte pode interferir na estrutura e desenvolvimento da economia de um país e também impulsionar uma moeda exótica, como é o caso do rial catariano.
Estamos vendo o rial crescer conforme o período de jogos se aproxima e a expectativa dos organizadores do evento no Catar são de um alto volume de turistas em circulação, além dos benefícios de uma grande exposição do país na mídia internacional.
Dentro do mercado de câmbio as previsões são de variação e aumento da demanda da moeda. Essa expansão ativada pelo mercado de esportes se mostra ainda mais intensa à medida que os investimentos se acumulam para a Copa do Catar.
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