O comércio exterior ou Comex como muitos conhecem, representa uma importante área da economia mundial, tomando como princípio a troca de serviços e produtos entre países, com movimentação de moedas estrangeiras. Sabe-se, é claro, que grande parte dessas relações comerciais estão ligadas ao dólar.
A moeda americana é a mais transacionada do país, sendo utilizada em suas variações, em outros países, como o Canadá, a Austrália e Hong Kong, por exemplo.
Assim como tantos outros países, o Brasil tem um papel de grande relevância com relação ao Comex, tendo China, Estados Unidos, Japão, além do Mercosul e União Europeia como principais parceiros comerciais, o que representa 65% das vendas de produtos, serviços e bens no mercado internacional.
Em 2020, as exportações brasileiras chegaram a US$ 209,180 bilhões e as importações US$ 158,786 bilhões, entregando ao Brasil o título de 13ª maior economia global, fazendo frente com grandes países como EUA e Japão.
Esses números estão em constante mudança, graças à oscilação inflacionária, as taxas de juros e as políticas comerciais brasileiras que interferem diretamente na expansão do mercado de bens e serviços brasileiros.
Os números do Comex em 2022
Como podemos ver no infográfico abaixo, apenas no primeiro semestre de 2022 foram movimentados US$ 154,361 bilhões em importação e US$ 194,251 de exportação, se aproximando dos valores obtidos em todo o ano de 2020, com uma diferença de aproximadamente 3% e 8% respectivamente.
De acordo com a Balança Comercial, as exportações cresceram 18,7%.
Uma grande surpresa neste cenário é o aumento nas vendas externas para a Oceania, que chegam a um pouco mais que 32%, desbancando a América do Norte, que caiu 15,9% durante o mesmo período.
Mesmo após um expressivo aumento, as exportações brasileiras superaram as importações, mantendo um saldo menor do que no mesmo período no ano passado. Neste primeiro semestre de 2022, o superávit se aproxima da casa dos US$ 40 bilhões.
Os investimentos estrangeiros ainda se mantêm ao redor do agronegócio brasileiro e, com um período de dólar em baixa, o clima é propício para investidores e o aumento da chegada da moeda americana ao país.
A oferta e demanda no câmbio tem sido o fator crucial para impulsionar exportações.
Enquanto isso, o período de queda do dólar parece não ter data para terminar, às relações internacionais estão instáveis, o Brasil se prepara para um período de eleições decisivo também para o seu comércio exterior. E ainda, a moeda europeia enfrenta forte pressão após um PIB da zona do euro mais fraco.
Até o momento as previsões de mudança no cenário mundial não estão no radar. O Brasil fica entre reviravoltas no crescimento do comércio internacional e as mudanças nas políticas cambiais, que podem vir após as eleições no final deste segundo semestre.
O dólar vai continuar lutando para se equilibrar, assim como a União Europeia e a China, que buscam normalizar a economia e as instáveis oscilações de suas relações internacionais. O que nos resta agora é acompanhar as altas e baixas do dólar ao longo desse ano e nos planejar para possíveis mudanças no começo de 2023.
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