Como funciona a política cambial?

O que é e como funciona a Política de Câmbio no Brasil?

Você sabe como funciona a Política de Câmbio no Brasil? Se você trabalha no mercado cambial ou tem interesse em ingressar nessa área, é crucial dominar o assunto.

Afinal, essas medidas são responsáveis por controlar a relação de um país entre moedas estrangeiras para alcançar um crescimento equilibrado.

Neste artigo, vamos te explicar as características da Política Cambial brasileira e como ela funciona, além de abordar os regimes cambiais existentes. Acompanhe o artigo e aproveite a leitura!

O Que é a Política de Câmbio?

o que é política cambial?

 

A Política de Câmbio é um conjunto de medidas estabelecidas pelo governo com intuito de controlar a entrada e a saída de moedas estrangeiras no país.

O objetivo é equilibrar a economia por meio de alterações nas taxas de câmbio e controle das operações cambiais.

Um exemplo da aplicação de tais medidas é a ação do Governo sobre a taxa de câmbio na tentativa de controlar a inflação do país.

Quando o dólar está em alta, a tendência é que a inflação brasileira suba. Isso acontece porque a moeda nacional (o real) perde poder de compra em relação ao restante do mundo.

No Brasil, esse tipo de política é feito e controlado pelo Banco Central (Bacen), que atua em conjunto com a Política Monetária e Política Fiscal do país.

Seu intuito é adequar a taxa cambial conforme a situação econômica nacional nos momentos de excessiva valorização ou desvalorização do real perante ao dólar.

Com isso, é possível evitar a volatilidade excessiva das taxas cambiais e buscar o equilíbrio para as operações de maneira que a economia não seja tão afetada.

Afinal, mudanças bruscas e repentinas podem prejudicar o próprio governo nas importações e exportações, como também pessoas físicas e jurídicas que lidam com moedas estrangeiras.

Isso tem impacto no setor econômico brasileira de uma maneira geral, mas falaremos mais sobre a influência do câmbio em um tópico especial mais a frente neste conteúdo.

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Quais os Regimes Cambiais e Como Funcionam?

Para entender como funcionam os regimes cambiais, primeiro é necessário saber o que é a taxa de câmbio.

A taxa de câmbio é o preço da moeda nacional em relação às outras moedas estrangeiras, como por exemplo o valor do real em relação ao dólar, cotação mais comum no mercado.

Esse valor pode aumentar ou diminuir à medida que existe uma valorização ou desvalorização de uma moeda em relação à outra.

No processo de câmbio entre moedas, o Banco Central determina qual política irá adotar. Existem três regimes cambiais que regem a Política de Câmbio no mundo. São eles:

  • câmbio flutuante: o preço da moeda é determinado livremente pelas leis de oferta e demanda, sem interferências do governo;
  • câmbio fixo: o preço da moeda possui um valor único diante de outras moedas para evitar variações nas taxas cambiais. Esse preço é determinado pelo governo;
  • câmbio híbrido (ou banda cambial): é uma mistura dos dois regimes, quando há interferência do governo de forma menos acentuada. O preço da moeda flutua, mas há limites máximos e mínimos.

A política cambial pode variar de acordo com o país. Para que o regime cambial seja definido, leva-se em consideração alguns fatores, como:

  • quantidade de importações e exportações;
  • quantidade de investimentos externos;
  • se há interesse de atrair capital especulativo;
  • quantidade de financiamentos externos.

O Banco Central faz uma análise desses pontos para entender o cenário econômico do país e assim definir a política capital, sempre buscando o equilíbrio e o desenvolvimento da economia nacional.

Antes de 1999, o Brasil utilizava o regime de câmbio fixo com a variação da banda cambial, em que o governo decidia o valor do real em relação a outras moedas.

Contudo, isso gerava um excesso de supervalorização do real como forma de controlar a inflação e, como consequência, despertava a desconfiança internacional em relação ao Brasil.

Por isso, o regime cambial do nosso país mudou e a seguir você vai descobrir como ele funciona atualmente. 

Qual Regime Cambial é Utilizado pelo Brasil?

Desde 1999, o Brasil adota o regime cambial flutuante no modelo Dirty Float. Isso significa que a taxa cambial é livre, mas pode haver interferência do Banco Central quando existe a necessidade de evitar uma forte volatilidade. 

Além do Brasil, os maiores países do mundo também utilizam o regime cambial flutuante, como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra.

O Que É Apreciação e Depreciação Cambial?

A apreciação cambial ocorre quando o governo valoriza a moeda ao preço das estrangeiras, portanto, o estrangeiro precisa pagar mais pela moeda nacional. 

Isso pode ocorrer quando o governo percebe que há muitas exportações e internamente as pessoas pagam caro para adquirir produtos importados. 

Já a depreciação cambial é o processo aposto. Ocorre quando a moeda nacional se desvaloriza ao preço das estrangeiras. 

Essa estratégia pode ser aplicada para melhorar a competitividade da economia e tornar produtos nacionais mais atraentes.

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Quais as Principais Características da Política de Câmbio Brasileira?

Quais os principais instrumentos de política cambial no Brasil?

 

Como vimos, o Brasil adota o regime cambial flutuante. Contudo, o câmbio brasileiro é conhecido como “flutuante sujo”.

Esse termo é utilizado pois, apesar da livre flutuação das taxas cambiais, o governo pode mediar algumas ações.

Isso significa que o Banco Central pode interferir quando é necessário apreciar ou depreciar o real em relação a outras moedas estrangeiras para balancear a influência do câmbio na economia brasileira.

Se o dólar estiver muito alto, por exemplo, o Bacen pode optar por leiloar algumas moedas americanas de suas reservas para conseguir aumentar a oferta e, consequentemente, baixar a cotação do dólar. 

Essa atuação do Banco Central é fundamental para minimizar riscos em investimentos e empréstimos, assim como em transações negociadas entre empresas brasileiras e estrangeiras.

Junto com a Política Monetária e a Política Fiscal, o regime cambial forma o chamado “tripé macroeconômico”, que reúne os princípios utilizados pelo governo brasileiro para administrar a economia do país.  

O “tripé macroeconômico” visa controlar a inflação por meio das taxas de juros, do regime de câmbio flutuante e da responsabilidade fiscal.

Esses três pilares garantem que as negociações entre diferentes moedas sigam a lei da oferta e demanda proposta no câmbio flutuante. 

Como a Política de Câmbio Influencia a Economia e a Vida dos Brasileiros?

A política de câmbio tem como objetivo o crescimento equilibrado e sustentável de um país. Portanto, tem influência direta na economia nacional e na vida econômica dos brasileiros. 

Muita gente ainda acredita que o câmbio só afeta quem vai trocar o real por dólar, fazer viagens para outro país, realizar compras internacionais ou fazer investimentos no exterior, mas isso não é bem verdade.

A realidade é que as oscilações cambiais afetam o setor econômico de um país como um todo, pois todas as operações estão, de alguma forma, interligadas. 

Isso porque o valor das mercadorias importadas e exportadas é afetado pelas taxas de câmbio, portanto, se houver oscilações, essas operações também sofrem impactos.

Quando muitos produtos são exportados, os preços no mercado interno podem subir, levando à inflação e à perda do poder de compra dos cidadãos. 

Sabe o pãozinho que você compra para o café da manhã? Ele pode ter o preço alterado pela política cambial.

Vamos explicar porque isso acontece: quando o governo decide implementar medidas para aumentar o dólar, é possível que as importações percam força. 

Com isso, as importadoras precisam encontrar outras maneiras de cobrir os custos de produção, caso contrário não conseguem funcionar. Para isso, os preços mais altos são repassados para o consumidor final.

Portanto, se o trigo, que é uma commodity negociada em dólar, tem aumento na produção, produtos que levam o ingrediente na composição tendem a apresentar uma alta nos preços na prateleira do supermercado.  

Ou seja, a política cambial reflete diretamente no dia a dia da economia nacional, não apenas em grandes transações internacionais.

Em outras palavras, reduz a renda dos brasileiros e o rendimento dos investimentos.

No cenário contrário, quando a moeda nacional está superfaturada, os estrangeiros são desencorajados a comprar os produtos do país. 

Isso retarda o desenvolvimento da indústria nacional, o que pode causar altos níveis de desemprego.

Os investimentos também são diretamente afetados pelas políticas cambiais. Portanto, a política cambial vai interferir nos lucros que os investidores irão ter.

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Conclusão

A política de câmbio é um conjunto de ações que visam garantir o crescimento sustentável do país por meio das alterações da taxa de câmbio e das operações cambiais.

O objetivo dessa política é adotar taxas cambiais razoáveis dentro da economia para que não haja um desequilíbrio na entrada e saída de moedas estrangeiras no país.

Assim, é possível evitar (ou ao menos minimizar) que variações repentinas no câmbio interfiram demasiadamente na economia brasileira e na vida dos cidadãos do país, o que poderia resultar na perda do poder de compra ou no aumento do desemprego, por exemplo.

É importante entender como funciona a política em vigor no Brasil para saber como ela pode impactar a sua vida. 

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